O SER QUE SOU, SE É QUE SOU EU.
É necessário saber quem sou pra que me entenda. Mas se o digo, nem a mim mesmo compreendo. Ser é o inconsciente do existir, quando se quer saber sem que se entenda.
Sou um, sou vários, ou nenhum dos que me julgo ser. Se penso em mim me (re) descubro e num outro ser me surpreendo. Sou, não sou, o que em mim faria diferença? Existo. E é ao meu modo de saber que o meu viver consiste.
O que me move além do instinto persiste ao que busco saber no espírito. A vontade, o prazer, a crença ou a indiferença me dividem e me compõem, mas não dissolvem a minha essência. Eu vivo em mim o excesso e a carência de uma substância.
Talvez exceda em meu corpo o que minha alma abandona.
Se me procuro, perco-me. Se me defino, disperso-me. Só me acho em mim mesmo e o que sou é indizível. Cala-se no sentido. E o sentido é incompreendido.
Hermílio.
BSB, madrugada, 1º de maio de 2009
É necessário saber quem sou pra que me entenda. Mas se o digo, nem a mim mesmo compreendo. Ser é o inconsciente do existir, quando se quer saber sem que se entenda.
Sou um, sou vários, ou nenhum dos que me julgo ser. Se penso em mim me (re) descubro e num outro ser me surpreendo. Sou, não sou, o que em mim faria diferença? Existo. E é ao meu modo de saber que o meu viver consiste.
O que me move além do instinto persiste ao que busco saber no espírito. A vontade, o prazer, a crença ou a indiferença me dividem e me compõem, mas não dissolvem a minha essência. Eu vivo em mim o excesso e a carência de uma substância.
Talvez exceda em meu corpo o que minha alma abandona.
Se me procuro, perco-me. Se me defino, disperso-me. Só me acho em mim mesmo e o que sou é indizível. Cala-se no sentido. E o sentido é incompreendido.
Hermílio.
BSB, madrugada, 1º de maio de 2009