Seu nome

Seu nome

Não usarei mais anáforas

Mas em todos os versos

Escrevo teu nome.

Se o leitor não captou

É por que por te amar demais

Deixei meus sonhos voarem alto

Ultrapassando todos os sinais.

E escondi teu nome alem do inconsciente,

Terei cuidado, pois por lá todos já sabem

Que dominas minhas angustias

E me confundes sem deixar saída.

Jane Krist

Uma escritora que me encanta e canta lá dentro dos meus sentidos mais profundos uma som que nunca sae do ar. Um silencio que me pergunta a razão da ausencia e a resposta vem de uma estrela que caiu: a solidão é o mal do seculo, e a ordem sempre lança suas leis.

NÃO FALO DA SOLIDÃO DAS CIDADES, AQUELA ABORDADA NO LIVRO DE EÇA DE QUEIROZ, A CIDADE E AS SERRAS, DIGO DA SOLIDÃO CAUSADA PELA RECORDÃO. UM SENTIMENTO MAIS FORTE QUE A LEMBRANÇA.

Modinha

Cecilia Meireles

Tuas palavras antigas

Deixei-as todas, deixeia-as,

Junto com as minhas cantigas,

Desenhadas nas areias.

Tantos sóis e tantas luas

Brilharam sobre essas linhas,

Das cantigas — que eram tuas —

Das palavras — que eram minhas!

O mar, de língua sonora,

Sabe o presente e o passado.

Canta o que é meu, vai-se embora:

Que o resto é pouco e apagado.