PENSANDO ALTO !
Ai, como eu queria !
como eu queria !
que lesses minha poesia
A crítica como teu beijo
ao meu amor vadio
esse desejo sectário
um trovar de varejo
contexto tardio
do meu imaginário
Ai, como eu queria !
como eu queria !
que entendesses minha poesia
Teu olhar meu reflexo
enquanto revolvo escombros
a procurar um nexo
para essa culpa sobre os ombros
e para o fundo do poço gritas:
te perdôo! para que te agitas ?
Ai, como eu queria !
como eu queria !
que compreendesses minha poesia
Teu corpo me premia
sob uns lençois de seda e fama
o conto, a prosa, a poesia
e como quem verdadeiramente ama
tu me abraças e eu adormeço
num sonho de volta ao começo
Ai, como eu queria
como eu queria
que soubesses que é para tí minha poesia