VISÃO.
VISÃO.
Encontrava-se no décimo segundo andar de um edifício comercial,
da Rua Marechal Floriano, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro.
Dali, ao fundo daquela sala, com poltronas grandes, duplas,
mesas e cadeiras, computadores e um armário de arquivos,
que guardava processos, ativos e arquivados, os quais eram impetrados contra a União geralmente, se viam vários outros prédios,
imponentes, erguidos pelo capitalismo, com o poder do mercado.
Avistava-se ao longe imensas antenas que pertenciam à poderosa,
empresa de comunicação, que detia o contrôle da telefonia estadual.
Mais próximo via-se um amontoado de casas e edifícios de moradia,
que mostravam a estrutura caótica do sistema residencial,
que desordenadamente, ocupavam os espaços daquele ponto da Metrópole.
Ao fundo, em grande quantidade, barracos de madeira, teimavam,
em permanecer de pé, acoplados uns aos outros, como se não pudessem ser erguigos separadamente, coloridos palidamente,
encravados num monte composto de terra e pedras, denominados,
Favela.
Ao longe , a Baía de Guanabara, paisagem bucólica, triste,
com a poluição que campeava suas águas, mesmo sendo,
importante o papel daquele mar, que representava a preservação, das espécies marinhas que ali frequentavam.
Ao norte, fitava-se uma construção grandiosa, dividida em blocos,
que unidos formavam um explêndido complexo, que era chamado,
Hospital dos Servidores do Estado. Local frequentado pelos mais, renomados profissionais, que atendiam, os servidores públicos federais,
de todos os recantos do Brasil, em época remota, sendo,
na atualidade, tratada toda a população necessitada de cuidados,
médico-hospitalares.
Ao sul o Aeroporto Santos Dumont, já obsoleto, pequeno demais, para receber as demandas dos aviões da rota internacional.
À frente avenidas apinhadas de veículos, que engarrafados,
formavam filas intermináveis, seguindo vagarosamente o fluxo,
que acabava em uma rua perpendicular, a Avenida Rio Branco.
Continuando o passeio da visão, ao fundo, encontrava-se a,
Ponte Rio-Niterói, bela obra arquitetônica, gigante, perdendo-se,
de vista no horizonte; local onde as recordações se concentram,
e findam.
Por: Jayme de Oliveira Filho.
23/04/2009