Morro de Areia

Quando a noite nos cobre o véu,

Da simplicidade edificante...

As luzes que antes iluminavam o caminho de pedras,

Apagam-se silenciosas...

E no eco, ouve-se o grito do orgulho descarrilhado,

Agora sem teto e desmascarado...

As lembranças tornam-se simples retratos,

Esquecidos, e com o tempo desmanchados...

Essa sombra que nos golpeia de frente,

Fere o mais exuberante berço...

O luxo vira lixo, a água vira limo,

O trono despenca de um morro de areia...

E os ditosos, viram destroços,

Castelos viram currais...

Sentimentos viram remorsos,

Amigos viram rivais...