Não saber do tempo

"Quanto mais nada faço, mais nada quero fazer!"

Falou e disse minha sábia amiga, uma companheira de longos anos, doces horas, saborosos sóis e aconchegantes dias de chuva.

Há algo melhor do que se entregar ao "nada", ao estar à toa?

Ainda não descobri!

Quero ser sem tempo, pois já não o tenho.

Quero um tempo pra ficar comigo, rir de mim mesma, chorar sem motivo aparente.

Quero um tempo único, um tempo meu!

Quero fazer tudo, claro, sem fazer nada!

Quero mais que nada, nadar num nada... um nada imenso, um imenso nada.

Vou andar sem rumo, isso é fazer nada, não pensar em nada, nem me ocupar.

Ah, o tempo não vai saber de mim, nem eu saberei dele.

E mais nada!