Pergunta terrível...

Nuvem de Sonhos, poeta recantista, pergunta-se hoje «Quem sou eu» e responde-se liricamente, compridamente. Responde-se.

Eu, poeta, não sei se seria capaz de me responder: Por isso nem mo pergunto. Sei quem sou, mais ou menos; sei quem não sou, também mais ou menos. Mas deveras esse que sou "eu" sou "eu"?

Sei, por vezes, que quereria ser outro ou outros; quereria não ser outro, mas outra. Houve quem me conselhou acudor à cirurgia..., mas seria o mesmo que sou, talvez um pouco mutilado.

Não, não, quero ser feminino, mulher. Mas, como sei que me é impossível, terei de continuar a ser o que sou: «Ninguém é perfeito!»