"About Falling in Love"

“The adventures of a carioca in the lands of Trolls and Vikings:

About Falling in love” – 19/03/2009; 21:22:56

By Patrick Ian

(do blog: http://my.opera.com/ptckian/blog/ )

Curioso…

Que verdade é esta que tanto buscamos? Porque o verbo é recorrentemente usado em diversas instâncias? Queremos, talvez, impregnar a vida com uma dinâmica fugaz e avassaladora? Uma busca magna e constante de sentido?

Apaixonar-se.

Talvez a primeira alusão do herói citado nos felicite a reflexão. Um carioca na terra de trolls e vikings... Um homem comum, com berço, família, amigos e casa. Comuns, reais. Numa terra aludida por figuras fantásticas, mística. Um homem no irreal. Um passo onírico.

O que dizer sobre apaixonar-se?

Mudanças neuro-químicas e comportamentais. Investimento libidinal. Doar-se incondicionalmente. Não basta.

“É o fogo que arde sem se ver.”

O sentir sem tocar. Um homem no irreal.

Seria então a busca ao amor somente isso? Um desejo ao transcendente? Uma elevação da condição “normal” a algo que vislumbra “O” orgasmo?

Tons diferentes. Arpejos. Harmonia.

Qual chamariz encanta o artista? Por que esse verde, não outro?

Por que essa boca?...

Por que justamente essa maldita boca?!

O que nela eleva, faz outro realizado num nada, senão, e apenas, um sonho?

O que nesse mero pedaço de carne transporta às naus estelares?

O que nessa mulher se faz estrela?

“About falling in love”

Talvez esteja aí, já, a resposta. Talvez a idéia de transcendência que nos ilude com uma infantil “ascensão” acabe por só cegar-nos quanto à verdade a que se remete o desejo. Não se trata de subir, mas cair. Não é a busca, mas a queda. “Caindo em amor”. Ir para um abismo que está noutro, mas em si. O fervilhar do desejo que inscreve e é escrito por algum “eu” que lida com as carnes, mas que na dialética se constituem.

Apaixonar é cair. Para o abismo que sou e faço. Para o armário dos meus monstros e heróis. Para a cor. Para o verde que quero e sei, mas só tenho com a valquíria que me assegura uma queda e suposto retorno. Heroína alada, representante da loucura que preciso. Dedos a desatar os fios da máscara.