A CENTÉSIMA OVELHA

Muito procurei Deus... que profundas ilusões...

Embriagada no vinho da pureza impura,

entre cobras, tesouras, ratos, escorpiões

e algumas ovelhas, cegas, em busca de cura.

Muito procurei Deus... só isso? Ui! Mal-estar:

empanturrada da ração viril. O divino

sabor as entranhas neófitas a rasgar:

disenteria, do grosso leite genuíno,

temperado por Moisés e requentado em banho-maria...

ave-maria! Freio de cavalo... nem pra jumento.

Libertei-me...

Deus... Agora o vejo tão próximo...

Tão amigo...

Desburocratizado...

Dentro de mim...

Antonio Leal
Enviado por Antonio Leal em 08/04/2009
Código do texto: T1529495
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