Eu...
Vivo num mundo que só eu posso entrar...
Tenho mania de rir quando todo mundo quer chorar, ou de chorar quando todo mundo ri.
Não meço minhas palavras, não disfarço meu olhar, não tenho medo de errar, e choro sem saber porquê.
As vezes eu grito na esperança de ouvir a mim mesma, as vezes silencio na esperança de me ouvir.
Eu... muitas vezes não sei quem sou, muitas vezes quero ser outro alguém. E daí? Só eu sei o que se passa em mim. Ou só eu sei como não sei como me sinto.
Confusa, perplexa, difìcil? Eu sei. Não exijo que ninguém me suporte, pois sei que o esforço será grande, mesmo assim conquistei poucos e bons amigos, alguns amores, alguns afetos, e muitos desafetos também. Não tenho vergonha de ser eu. Não tenho medo de arriscar minha pele. De ser odiada ou apedrejada, pois mais importante que estar em segurança, é ser eu mesma.
Só eu sei quantas vezes abri um sorriso e não fui retribuida, ou quando vezes fui provocada com sorrisos falso, cinicos, imorais.
Só eu sei porque guardo ódio, e porque sinto raiva facilmente. E nem por isso súplico compreensão, afinal, só eu morrerei por mim, só eu chorarei por mim, só eu pode ser eu mesma, e mais ninguém pode fazer por mim, o que só a mim cabe fazer.
Eu sei porque durmo armada até os dentes, e porque teve que ser assim. Ninguém chorou por mim, ninguém sentiu minha dor. Ninguém pode me julgar. Só eu sei o quanto esperei da vida, e o quanto ela me deu em retribuição.
Talvez eu seja revoltada, injustiçada, alucinada ou louca.
Talvez eu seja dramática. e daí? Pelo menos eu não uso máscara. Sempre fui EU.