Por que será que aos domingos paramos mais tempo para
refletir o que nos acontece durante a semana?                         Photobucket


Ora, com certeza porque aos domingos temos um tempo
maior pra nós mesmos. Uns preferem se divertir, outros pa-
rar para pensar, como é o meu caso hoje.

Acontece de tudo durante a semana, mas provavelmente pe-
la falta de tempo  essas coisas não são avaliadas como con-
vinham que fossem.
Por exemplo dor de amor.  Não existe dor mais sofrida do que
a de um coração machucado.  Essa dor dentre outras que
rondam nossa vida é das piores.

Ela é uma devoradora que adora saborear em pedaços esco-
lhidos de nossa  alma, sugando aos poucos aquilo que vo-
cê julgava inatingível, sua paixão, ou seu amor, se preferir
assim classificar. Para mim dos dois andam de mãos dadas.
Se não posso chorar pelas minhas verdades, quem pode-
rá faze-lo?

Em mim Deus colocou as razões.  E só eu posso chorar    e
conhecer as dores da minha alma. Tão mais humano isso.
Esses dramazinhos tão corriqueiros da vida, sim, pois exis-
tem dores e dramas maiores no mundo.  Mas são esses pe-
quenos dramas intimos que sustentam a tese inimaginavel-
mente cruel das dores de amor.

Às vezes fico pensando se estou certa ou se é minha cabeça
é fonte inesgotável de paranoias existencialistas sem base
sem organização, apenas um caos dolorido por todos os la-
dos.

E fico pensando, será que alguém viveria por mim e, deixa-
ria que eu vivesse por ele?
Mas me respondo, a questão não é essa.
Mas ficar com alguém forever ´não é o problema. O proble-
ma é alguém ficar comigo  pelos miseros de eternidade que
me restam.
Seria hipocrisia dizer que não me importaria se a pessoa que
amo desejasse outra por ai.  Mas isso é outra questão.

Viver é mudar o tempo todo.  Mesmo que não percebamos
estamos todos sempre em constante mudança, seja de atos, pensamentos, alguns desejos, enfim....
Viver junto forever não tem nada de estático. É poder ter a o-
portunidade de acompanhar a vida do outro.  A fantástica ex-
periência de interagir com outra vida, não a ponto de modifi-
cá-la e de a absorver intrinsicamente.
Ninguém é o mesmo a vida toda.

Mas com esforço essas dores insuportáveis de amor  irão se
rareando até que não mais existam.

Entretanto sempre existirão os que preferem sentir essa dor
como um orgasmo sem fim que os leva a morrer lentamente
de amor.

ysabella
Enviado por ysabella em 05/04/2009
Reeditado em 05/04/2009
Código do texto: T1523857
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