Ele , o Homem.

Ele , o homem !

Eis o Homem

Tão sem cor (o sangue lhe esvai lenta e sorrateiramente)

Os olhos, alentadores e assombrosamente calmos penetram pelas almas transeuntes , a voz já não lhe sai...

Sussurros surdos e ínfimos gemidos são , por poucos pressentidos

O silêncio lhe protege.

O corpo, antes forte e esguio agora se viu transformado em uma imensa massa disforme e violentamente surrado ,

E ainda assim o silêncio lhe acompanha .

As mãos , calmas e serenas a acariciar tantas faces e a curar tantas feridas agora mal se percebem diante tanto sangue e espinhos...

Eis o homem !

Já quase não se vê o brilho de outrora que alegrava e encantava em seus olhos...

Agora fitam o vazio , como que a procurar explicações à tanta dor e sofrimento sem razão.

E ainda assim esse homem , já desfeito e desfigurando-se pelos tantos açoites tem em sua alma uma calma,

Calma que invade os corações de quem o ama

E aterroriza os espíritos perturbados...

Vencer um corpo, massa terrena e fálica jamais será dominar o espírito que habita neste homem,

O grande homem!

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 25/03/2009
Código do texto: T1505945
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