Lua nobre em uma noite mágica.
A lua nobre está sobre o céu tão belo e formoso,
Solta sua ternura por brilhar tão intensa;
Árvores, animais e o vento sussuram saudosamente como uma bela música regida por tal dona;
Sentimentos se esvaziam e se soltam pulando como se precisassem ser eles mesmos;
A intensidade dança com a loucura que procura o amor para bailar;
Que busca o medo escondido nas labaredas incessantes da paixão;
Mas o ódio sempre tão astuto quebra o momento com a dor;
Espreitando como sobrerano esquece da amizade e da luz;
Que ao sentir a força da velha e sábia lua, se enternece e felicita a todos os sentimentos embalados numa só dança.
Tornaram-se um só, por um momento humanos brindam a felicidade sem se preocuparem com o que são ou foram ou até mesmo o que possam vir a ser.
Só o momento importa, nada mais além nem antes nem depois, só o agora.
Instante marcado por sorrisos prazerosos onde olhares se entrelação cruzando vários mundos em uma só existência.
Palmas fazem subir mais alto o som da vida e a luz da fogueira que queima ardentemente em meio a praia deserta mas não tão desabitada assim.
Seus moradores espirituais buscam bem mais que simples dança, buscam eternizar seus feitos e suas necessidades de amar, de viver, de ser.
Mas em breve a aurora aparecerá, e tudo mais uma vez será cinza, a nobre lua sairá dos céus dando lugar ao Sol sobrerano, e apagando o que foi uma noite mágica de pura dança e luz.
Os prazeres dos que ali estão se misturam, fleches passam em suas mentes não tão sóbreas, mas ainda, bem iluminadas e concentradas no que desejam e buscam.
Ah, amada aurora que tras as cores do dia que nasce, chega, corpos pela praia abraçados e nús acordam com o tocar do calor e do brilho intenso do rei maior tocando em suas peles agora descobertas do manto lunar.
Olham-se por mais um instante, e mais que depressa recolhem seus sentimentos jogados por todo o lugar e os escondem por mais algumas luas até que a nobre lua cheia e completa volte a reinar novamente.
Assim termina mais uma noite mágica.