Vestígios de insanidade

Tomaram de mim a luz que eu usava para ver.

Agora não sei pra onde ir.

Perdi a direção e, acredite, estou perdendo o siso.

Apagaram o sol e a lua apagou-se também.

Quero visitar meus amigos: Manuel, José, Gonçalves.

Principalmente um que é marinheiro.

Ora! Cansei de iludir-me!

Mata-me, Pai! que já não vejo graça neste mundo.

Ninguém dá chance para o amor...

Ah! Não mata, não...

Mas dá-me a felicidade.

Eu quero amar sem sofrer!

Será possível?

Mas será possível que fui eu que escrevi isto?