Na Garganta

"Vão dizer que é loucura, me crio louco

Julgamentos por todos os cantos

Criticas que nem foram mastigas

São só alguns degraus, algumas escadas

Não há interesse do outro lado, pouco caso?

Quanto mais o mundo desacredita

Mais alto grito para o mesmo que te quero

Rir na maior queda do destino

Abrir um sorriso enorme na maldita cara do medo

Estender a mão pro desejo, me entregar sem receio

Me vejo descortinado, limpo, transparente

Lançando bondades pro ar sem esperar volta

Correndo tanto pro perto dela, pro agora

Me purificando com teus lábios

Me recriando todos os dias para nunca faltar abraços

Tão escuro, tão calado, não é errado

Queria que alguém pudesse sentir o que sinto

Mas, não quero testemunhas, a verdade toda nua

Se o todo não aceita, eu invento um 'eu' novo

Só não quero que ela perca um bem para me fazer bem

Besteiras vão nascendo, maldades, saudades

CARALHO, dói muito ser espancado por ser sincero

Sangra a alma ver que as mãos vão se distanciando

Porém, quanto mais o mundo desacredita

Mais alto grito que te quero, que te amo."