EXTREMOS

(M. Berolatti)

Por vezes me sinto enlouquecido

Ao passo que teu corpo me degusta

Por outras, me sinto perdido

No momento seguinte teu delírio me assusta.

A arruaça se estabelece

Um vendaval me atormenta

A mesma fêmea que me aquece

Desconfia, chora e lamenta.

Do amor sem freio e verdadeiro esteio

Que nada impede ou para

À armadura firme e forte de bicho feio

Que a tua alma esfria e teu peito vara

Cabe-me apenas te amar

Tentar entender é pura utopia

A saída que me resta é a arte de lidar

Num mundo horas de sonhos, noutras, de agonia.

Jana Valentina
Enviado por Jana Valentina em 09/03/2009
Código do texto: T1478356
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