EXTREMOS
(M. Berolatti)
Por vezes me sinto enlouquecido
Ao passo que teu corpo me degusta
Por outras, me sinto perdido
No momento seguinte teu delírio me assusta.
A arruaça se estabelece
Um vendaval me atormenta
A mesma fêmea que me aquece
Desconfia, chora e lamenta.
Do amor sem freio e verdadeiro esteio
Que nada impede ou para
À armadura firme e forte de bicho feio
Que a tua alma esfria e teu peito vara
Cabe-me apenas te amar
Tentar entender é pura utopia
A saída que me resta é a arte de lidar
Num mundo horas de sonhos, noutras, de agonia.