Atalhos...
Quantos atalhos me passaram invisíveis
Tão interessada estava no final da reta
Há quanto tempo venho pelo caminho
Sem perceber em quantas paragens não deixei meu olhar,
Meu sentir, meu desfrutar.
Paro diante de mim e me vejo mudada.
Mudada em meus credos e preconceitos.
Sem remorsos do não vivido,
Do deixado para depois e nunca visto,
Sempre posso retornar e talvez os veja melhor agora
Que meus olhos se tornaram mais sensíveis e observadores
E minha mente mais tolerante.
Sinto-me em paz diante da mulher que vejo.
Forte suficiente para superar,
Inexperiente o suficiente para ser ingênua e sonhar acordada,
Lúcida o suficiente para não sair da realidade,
Vivida o suficiente para saber que não sou mais a mesma de um minuto atrás.