A mulher
Ser mulher é ter o dom maior, ser a obra-prima da natureza. Pelos séculos idos, uma força presente em todas as decisões das mais altas dinastias, a segurança das grandes potências, a inspiração de todos os gênios da poesia - para quem foram criadas as flores, os perfumes, e todas as ciências cosméticas.
Que guerreiro não lutou, com o fim romântico, para conquistar um coração feminino? Na Grécia, em Roma, em todo mundo, até os bárbaros só ganhavam suas batalhas quando tinham por objetivo, oferecer suas vitórias para suas mulheres.
Voltemos, pois, ao cerne dessa questão, sobretudo em nosso contexto ocidental. Não foi Eva, quem primeiro tomou do fruto e deu para Adão?
É a mulher, sim, é a mulher a causa do bem e do mal de todo homem. Muitas torres foram erigidas em honra a esse símbolo de força, que veio mais tarde se cognominar como sexo frágil. Muito erroneamente a força masculina, ainda em um tempo de ignorância, pôs num mundo oriente esta idéia infeliz, de que a mulher era um objeto de prazer sexual e uma escrava para parir e educar seus filhos.
Nesse meu parecer, é fácil perceber que tudo isso se deu por um motivo: A incapacidade do homem de gerar a vida o levou a querer destruir a reputação daquela que tinha esse dom divino. “Aquilo que supera o homem deve morrer.” Esta filosofia é da época da barbárie. Por isso, se inventou teologias e mitologias que justificassem este matricídio - a criação querendo superar seu criador - e para isso se dar de modo justo, era imperativo que nós, os homens, tivéssemos a aprovação dos céus.
Foi assim que se deu este máximo engano, de que fora a mulher a causadora da derrota humana. Ainda bem que eu, aqui do topo da minha fortaleza, sobre o manto sagrado da poesia, posso dizer tudo que outro cristão não poderia. Devemos às mulheres nossa vida, nossa alegria de viver, nosso prazer maior, nossa potencialidade da reprodução. São elas as flores mais belas que a natureza produziu para o homem ver, cheirar e até apalpar, mas nunca machucar. Meu amigo confesse publicamente, se é homem, admita como eu, que não vive sem a tua mulher.
Autor:Evan do Carmo .........................................................do livro Licença Poética