Tudo em (des)ordem...
Reordenando pensamentos em meio a total alienação,
Sou poeta frouxo e ordinário, atento a tudo que é vão...
Mente inquieta, como um grande ponto de interrogação,
Distorcendos as retas, ponderando as metas, em contradição!
Na viagem curta, desta vida incerta, me recuso à limitação.
Sou prisioneira dela, gata borralheira e cinderela de coração.
Em loucas estratégias, por baixo das pálpebras a conspiração,
Respiro um ar pesado e comprimido, que me causa alucinação.
Quantas ainda? Estas adagas invisíveis me perfuram o pulmão.
Deixem que viva o que é sublime, o suave timbre da inspiração!
Pergunte-me sobre o futuro, sobre o mundo ou sobre Deus, então.
Direi o que me interessa, a rima, a sina, a coragem, a dor e a paixão!