A VERDADEIRA CARA DO ESPIRITISMO

Alguns, até mesmo judeus, usam a pessoa de Jesus para reforçar a tese Kardecista de que o Espiritismo é essencialmente judaico. Ignoram, porém, que:

a) Jesus é o grande pregador da ressurreição dos mortos (não da imortalidade da alma), sendo que deixa claro, tanto Ele como Paulo, que os ressurretos possuirão plena consciência de sua identidade, tendo as mesmas características de personalidade e físicas, como está escrito em Tessalonicenses.

b) Os discípulos escreveram que ao homem está reservado morrer uma só vez, para depois receber o juízo.

c) No Velho Testamento, escrito primeiro aos israelitas e judeus, existem inúmeras passagens as quais explicitam que não existe consciência no mundo dos mortos. Por exemplo, Eclesiastes 9: 5 diz abertamente que até a memória dos mortos está no esquecimento, pois eles não têm parte alguma em qualquer coisa que se passa no Universo. No capítulo 12, verso 7 do mesmo livro diz: “e o pó volte a terra, como era, e o espírito volte a Deus, que o deu”, não que fique vagando ou sofrendo tormento, ou seja lá o que for. Ezequiel 18: 4 diz: “Eis que todas as almas são minhas;” diz o Senhor, “como a alma do pai, a alma do filho também é minha; a alma que pecar, esta morrerá”.

d) Que o Antigo Testamento está impregnado de ameaças a todo aquele que consulta os mortos, os adivinhos, os necromantes, etc., que, embora não dizendo abertamente espíritas, é caracterizado com as práticas espíritas, principalmente a medula do espiritismo, que é a imortalidade da alma.

e) Jesus Cristo é contraditório ao espiritismo porque, quando o ser humano pecou, passou a viver uma vida desregrada, que entrou em desequilíbrio, seguindo então para o declínio e a extinção – a morte. Prova é que, há quatro mil anos atrás os seres humanos ainda viviam mais de 130 anos. Todavia, Deus dissera para Adão e Eva no Jardim, “certamente morrereis”, e vemos o cumprimento disto ao observarmos os seres humanos levando a humanidade ao extermínio, que começa, principalmente, pelo problema ecológico. Uma vez tendo aberto precedente, o ser humano jamais conseguiria reverter o quadro degenerativo. Se ainda vivemos mais de sessenta anos é graças à medicina avançada, cuja necessidade de avanço eqüivale à regressão da qualidade de vida, no que regredimos sempre mais, criando cada vez mais novas doenças. Porém, a lei do Universo, onde existem outros seres inteligentes (não em processo degenerativo como nós, pois não romperam com as leis da existência equilibrada, que resulta em plenitude), essa lei requer que o sistema não seja exposto ao risco de degeneração, pelo bem do sistema e todos que estão nele. Então, como um vírus, que é detectado e exterminado pelo próprio sistema, Adão e Eva, tendo aberto precedente de contrariedade (letal para o sistema universal), tinham que ser “deletados” do sistema no instante seguinte ao que começaram a corrompe-lo, o que significava morrerem (o que os outros seres do Universo requeriam, em bem de sua continuidade), porém, a humanidade que estava por trás deles (Adão e Eva) seria também extinta na raiz. O resultado de todo desequilíbrio é o declínio e a morte, o que é científico, físico, provado em laboratório, porém, observado também no relacionamento interpessoal, pois vê-se que as civilizações desaparecem por causa de seus conceitos deturpados de serviço, de compensações, de trocas, de valores (ética e moral), o que resulta sempre na exploração, sofrimento, dor e morte. Como a única maneira de manter-se não-degenerativo (imortal) é não se auto-agredir, não declinando a vida do corpo (e o homem perdeu a capacidade, a vontade, ou a força de vontade de não causar em seu corpo e mente a degenerabilidade), Deus arranjou um meio de satisfazer a lei de equilíbrio do Universo sem fazer que Adão e Eva morressem preventivamente (ao menos, provisoriamente), pois, para Ele, os seres humanos não são simples objetos. Se fizesse que morressem no instante seguinte ao rompimento com o equilíbrio, que chamamos de pecado original, satisfazendo a exigência de extinção do risco (para prevenir da extinção os outros seres inteligentes), eles não poderiam reviver, pois perderam essa habilidade. Portanto, Deus mesmo morreu em seu lugar (sofrendo a culpa e conseqüências da agressão ao equilíbrio que cometeram), mas ressuscitou, porque, como pessoa, não tinha transgredido em nada, conservando a habilidade de manter-se vivo. Sendo assim, a humanidade teria uma nova oportunidade: a de voltar ao sistema original e reverter o processo degenerativo. Todavia, tivessem o tempo que tivessem, mesmo que morrendo uns e nascendo outros, seguiriam irremediavelmente para a morte final, a extinção, reclamando ainda de Deus pela degeneração sofrida (a morte intermediária, comum a todos, conseqüente de suas próprias atitudes), mas jamais tomando como referência o método original, cuja didática o próprio Jesus reavivara em suas atitudes e maneira de viver como ser humano. A Deus restou treinar todo que quisesse, para que pudessem voltar ao estado original mediante a ressurreição. Porém, de nada adiantaria ressurgi-los perfeitos obrigando-os a viver num mundo agressivo. Então Ele decidiu dar um tempo para todo ser humano e depois virá para renovar o mundo, mas antes tirará dele todos que tiverem entendido a necessidade de viver segundo as regras da vida plena (o que chamamos de obediência à Lei de Deus). Então, aqueles que ameaçam de extinção o sistema, serão destruídos e ninguém entenderá que Deus foi injusto com eles, pois todos terão visto o risco que representavam e que eles mesmos se extinguiriam pelas suas maneiras de viver e se relacionar. À restauração do planeta, que Deus está para fazer no momento imediato antes do colapso do nosso sistema, que estamos às portas, chamamos volta de Jesus e o fim do mal. Assim, não tem como não ver que a imortalidade da alma é contraditória a Jesus, pois ela anula complemente a necessidade dEle (sua morte substitutiva e sua ressurreição regenerativa), ao passo que não resolve o sofrimento das pessoas, pois, mesmo reencarnando, sempre haverá alguém sofrendo no mundo vil, o que é cruel. Faria de Deus o ser bizarro que os ateus e muitos cristãos (haja vista a história) pintam.

É lamentável ver pessoas inteligentes reproduzindo cegamente o que lêem nos livros daqueles que dizem ter lido na Bíblia o que afirmam. Porém, muitos sábios, ao passo que dão credito a tudo o que os outros dizem que leram na Bíblia, o livro Sagrado judeu, não se dão o trabalho de consultar por eles mesmos a fonte, sendo que a têm nas mãos, para ver se procede o que lêem e ouvem.

Não fazem porque querem confirmar a doutrina na qual estão seus corações. Ela é parte do seu ser. Se negarem-na, negar-se-ão a si mesmos. É muito difícil para nós, seres humanos, negarmos a nós mesmos. Muitas vezes outro cientista, através de experimentação legítima, demonstra que aquela velha tese era incorreta, todavia, é com dificuldade que o pai da tese antiga aceita a nova conclusão. Além do mais, para aqueles que têm medo do Juízo de Deus (por causa da maldade que praticam ou indiferença para com os sofredores), é mais fácil aceitar a fábula da imortalidade da alma, como se dissessem que Deus tem um depósito de espíritos recauchutados para formar pessoas zero quilômetro, desfazendo assim da Palavra de Deus, que diz (em Gênesis 2: 7) que o espírito é a soma de corpo e fôlego de vida, que é meramente o ar (o sopro do Criador). Todavia, não precisamos temer o Juízo de Deus, pois Ele é misericordioso, ao passo que o inimigo (Satanás, o inventor da doutrina da imortalidade da alma) não é.

Enganam-se os que pregam a imortalidade da alma e enganam os outros, comprovando que o inimigo de Deus e dos homens, ao tomar posse da mente humana, faz que acredite no que ele (o inimigo = Satanás) quer e pratique o que ele deseja que pratique: tudo que destrua o ser humano, causando-lhe sofrimento, e agrida Deus por isto, pois Ele é o guardião da saúde e bem-estar de suas criaturas.

Wilson Amaral

Wilson do Amaral Escritor
Enviado por Wilson do Amaral Escritor em 28/04/2006
Reeditado em 26/03/2008
Código do texto: T146771