Sem Título
Certa vez li: “... De uma criatura potencialmente imperfeita surge um ser em plenitude final...”
Penso sobre e descubro caminhos que me levou a digitar nesta madrugada.
Imagine, se um dia você recebesse de um estranho alguém uma larva, e este estranho lhe dizendo que a tal necessitaria ter absoluto cuidado e, supondo que você não soubesse que a larva se tornaria uma borboleta, ou quem sabe, uma criatura com cores surpreendentes, você a aceitaria?
Não se pode julgar sem antes que o réu atinja a sua maturidade.
Sonos apenas larvas.
Eternamente? Não sei, mas, carregamos conosco o peso do nosso passado, erros, fraquezas, etc. E sempre nos deixamos ser atingidos por pessoas que lhe dizem que você é infantil, que precisa crescer e que você é inconseqüente. Saber se calar nas horas em que mais lhe dá a vontade de gritar com o mundo é ter se adaptado a um casulo, mudo, silencioso, quieto. Saber se desguiar dessas pessoas sem que nada lhe atinja é ter as asas da maturidade, e juntamente aprender a não correr o mesmo risco é finalmente ser livre.
Estou errado? Posso estar, sou apenas uma larva, só penso em me alimentar e crescer.
À LiSPareto, em agradecimentos.