-MATERNIDADE E AMOR-
O momento da concepção deveria ser um ato de amor e entrega.
Ao sermos presenteados com a notícia de uma gestação somos
invadidos por uma sensação de graça e felicidade.
Isso deveria ser uma reação instintiva normal, mas quando ocorre
num momento contrário ao nosso querer dúvidas e angustias nos
roubam o sossego.
Nos preparamos para quase tudo na vida, mas a maternidade para
algumas mulheres não é um preparo, tão pouco um desejo.
Pode soar estranho na sociedade uma mulher declarar não querer
ter filhos, mas cada um de nós sabemos das nossas limitações.
E quando acontece uma gestação não programada, você pode ir do
espanto ao encanto.
Mas pode também vivenciar um lado sombrio e desesperador do
seu ser.
E o nascimento daquele ser não é a garantia de felicidade e realiza-
ção.
Bem sabemos que muitos pais não tem afinidade com seus filhos co-
mo gostariam.
Para a mãe que gerou é algo terrível sentir um abismo de indiferen-
ça em relação a aquele ser que saiu de suas entranhas.
Mas em toda a sociedade vivemos tal situação seja no ambiente
de trabalho, lazer ou família.
Não possuir afinidade com um filho e com outro você ter total sin-
tonia não é algo anormal.
Mas a natureza humana se manifestando de forma indivualista e
real.
Pois, tal ação não é uma atitude pensada, mas uma manifestação
involuntária.
camomilla hassan