O QUE DEUS DISSE A ADÃO E EVA
Ao dizer a Adão e Eva, no Jardim do Éden, “certamente morrereis”, Deus não estava dizendo que a fruta em questão possuía efeito letal literal, tampouco que se propusera a exterminá-los, vingando-se, caso o contrariassem. Como pais, que advertem o filho inexperiente dos riscos de certas atitudes, Ele os instruía, advertindo que ao contrariarem-no perdiam de vista o manual de instruções do uso de si mesmos (as orientações divinas), desencadeando o processo que os levaria à morte pelo mau uso de suas mentes, de seus corpos, da natureza e do ambiente.
Produziriam a morte do indivíduo primeiro, mas seus filhos seguiriam vivendo, e os filhos destes, sucessivamente, dando continuidade a espécie, mas, as sucessivas agressões modificariam os genes, criando doenças hereditárias que iriam reduzindo o tempo de vida dos indivíduos, levando-os, finalmente, a morte da espécie – o extermínio da humanidade.
Tudo isto se deu por uma razão simples: assim como engenheiros planejam o tempo de uso do motor sob certa pressão e aceleração antes da troca do óleo, a viscosidade e nível ideal do lubrificante e a quantidade e fluxo de água no radiador, prevenindo superaquecimento, a freqüência das faíscas coincidindo com o vapor de gasolina injetada na câmara do cilindro e dezenas de dispositivos para o funcionamento proveitoso de uma máquina simples como o carro, Deus nos planejou para seguirmos leis físicas que nos manteriam em perfeito estado – leis que dizem respeito ao modo como usamos a nós mesmos: o tempo de uso antes do descanso, a quantidade e qualidade dos nutrientes no alimento adequado, os níveis de oxigênio e água no ar que respiramos, a concentração de lipídios na célula produzindo a combustão ideal para nos mover, a liquidez e viscosidade do sangue, e todo o complexo, possível de ser descrito apenas numa enciclopédia.
Somos máquinas complexas, cujo uso requer que se sigam normas para bem funcionar. O funcionamento incorreto do corpo desencadeou o processo da morte dos indivíduos, porque muito do que ingerimos e o que fazemos nos agride.
Possuímos grande disposição para contrariar e conduzir as experiências conforme o nosso pensar. Não valorizamos o conhecimento de Deus, querendo provar que a forma como fazemos é mais vantajoso. Deus não nos privou da liberdade de produzir conhecimento, por Sua iniciativa Ele nos fez inteligentes, mas, para estarmos preparados para a experimentação, para não sermos destruídos por resultados desastrosos, Ele nos advertiu (e adverte) de perigos nos rumos equivocados que tomamos ao conduzir por nós mesmos nossas vidas. Ele foi tão amigo que nos dotou de capacidade e liberdade para escolher e fez-nos tão livres que temos o direito de usufruir as conseqüências de nossas escolhas.
Sendo que escolhemos mal desde o início, uma cadeia de fatores negativos está a cercar a continuidade da existência, tornando impossível a vida em pouco tempo. Em todo caminho onde a sobrevivência buscar saída haverá algo a agredi-la. Formamos poderosa teia de agressão. De todos os lados surgem elementos ameaçadores, que nós mesmos criamos pensando estar evoluindo e nos salvando.
A expectativa de vida atual, que varia entre sessenta e cinco e setenta anos, custa muitas vacinas e caminhões de remédios, pois desde que nascemos tomamos vacinas e medicamentos variados. Se não fosse esse suporte artificial, duraríamos trinta anos, talvez.
Destruímos a Natureza, de onde tiramos a sobrevivência; pusemos em desequilíbrio o eco-sistema, que nos devolve ar carregado de gazes prejudiciais, dificulta o crescimento das plantas, produz o superaquecimento da atmosfera e uma série de conseqüências desastrosas; matamos os animais, cuja existência tem a tarefa de equilibrar o eco-sistema; poluímos a água, material de que somos feitos; ingerimos alimentos e líquidos prejudiciais ao corpo, trabalhamos em excesso e desordenadamente, nitrimos preocupações excessivas e desnecessárias sem que nos beneficiem, alimentamos rancores e nos irritamos em demasia, produzindo elevado nível de estreasse, adquirimos coisas prejudiciais ao desenvolvimento do corpo, que o atrofiam, absorvemos informações que tornam nossa mente preconceituosa, preguiçosa e egoísta; pelo egoísmo nos relacionamos mal com as pessoas, julgamos os outros menos merecedores de bens, de felicidade, de liberdade, de oportunidades; tumultuamos o ambiente onde vivemos, que é o mundo, matamos de fome, de calúnia, com armas, em acidentes, etc., etc., etc.
Então, não é Deus quem manda o mal, quando perdemos alguém, contraímos uma doença, ou dor qualquer. Já não podemos duvidar da existência de Deus de sã consciência ao vermos injustiça, fome, miséria, guerras e sofrimento, pois tudo isto nós é quem produzimos, com atitudes erradas em relação a nós mesmos, aos outros e à natureza. O nosso sofrer resulta de reações em cadeia de tudo que já se fez e se faz debaixo do sol, pois transformamos o mundo numa armadilha e Deus não tem culpa.
Indaga-se então: Deus não existe, não é o Criador? O Universo e a Terra não foram formados por um Ser inteligente, mas evoluíram do nada? Se Deus existe, o que Ele tem a ver com nosso caso? Se Ele é bom e poderoso, não podia ter evitado que desencadeássemos o processo de auto-extermínio? Se podia, porque não fez? Preferiu assistir ao circo pegar fogo?
Deus fez algo e muito tem feito. Ele não evitou que tomássemos o caminho errado porque sermos livres é primordial para o sucesso de Sua Criação, pois deliberou ter amigos e não fantoches. Para que a Criação que empreendeu esteja perfeita, Ele pretende ensiná-la a preservar-se, o que ocorrerá quando levarmos em conta as normas de conduta daquEle que nos criou . De nada adianta Deus nos obrigar a não nos destruirmos, pois logo que não mais nos obrigar, nos destruiremos. Seria o mesmo que prender alguém que pretende tirar a própria vida. Deus não pretende nos fazer obedecer à força só para que Ele possa se vangloriar de O termos obedecido.
Aprisionar alguém para não cometer suicídio é como cumprir a lei só por cumpri-la. A razão de a lei existir não é para ela ser beneficiada com o cumprimento que se dá a ela, mas para que sejam beneficiados aqueles a quem ela serve de regente. Da mesma forma, a razão de Deus estabelecer leis e normas para reger-nos a vida não é para benefício das mesmas, mas para que sejamos beneficiados pelos resultados oriundos da aplicação delas em nossas vidas.
E de que valeria mesmo perder a liberdade para preservar a própria vida, se perder a liberdade equivale a perder a vida, pois somente livre é que se existe. Falta-nos aprender como exercitar nossa liberdade para com ele não produzirmos nossa destruição. Nenhum valor haveria se uma mãe conduzisse seu filho pequeno pela rua sem ensina-lo a respeitar as leis que o conduzirão seguro quando ela não mais o conduzir.
Deus pretendia que o homem usasse bem a liberdade na primeira chance que tivesse de escolher entre conduzir sua existência por sua própria experiência (débil), ou levar em conta o conhecimento de Deus, o que faria sem questionar, apenas por confiar naquEle que já tinha dado boas provas de que é confiável.
Mesmo que Deus montasse um laboratório para Adão e Eva, ainda haveria experimentos cujo processo seria longo e os humanos quereriam seguir caminhos e métodos diversos dos de Deus por desconhecerem a conclusão ao final do processo. Então, em tais experimentos, ou o homem confiava em Deus e seguia o caminho por Ele indicado, verificando Sua coerência no final, ou duvidava, tomando seu próprio caminho, arriscando descobrir no final que estava certo ou que Deus é quem tinha razão.
Deus pretendia que escolhêssemos a hipótese mais segura, mas, querendo endeusar nossa razão, preferimos a segunda hipótese e, hoje, findando o experimento, percebemos que por nosso método experimental nos exterminaremos e que Deus é quem está certo, possuindo a fórmula para a existência plena. Se tivéssemos seguido a fórmula de Deus jamais teríamos morrido e feito morrer nosso planeta e jamais teríamos sujeitado tudo à iminência do extermínio – a morte eterna.
E agora, na iminência de nos exterminarmos, o que nos resta? Deixar o barco correr e fechar os olhos para não ver o momento em que desabará na cachoeira?
Chegamos ao final de um experimento científico de seis mil anos, muitos morreram no transcurso do processo, por desastres provenientes de elementos impróprios a experiência, e, como resultado final, sabemos que em pouco tempo nada mais restará. De que valeu então tudo isto, se morreremos e a lição que aprendemos não nos servirá?
Mas, aprendeu-se alguma lição? Quem aprendeu?
A maior parte da humanidade não aprendeu lição alguma. Ao contrário, se desculpam culpando Deus pelas calamidades, conseqüentes dos atos humanos. Na verdade, poucos aprenderam alguma coisa e mesmo esses têm dificuldade para exercitar as normas de conduta ideais para a restauração. Se somente esses existissem no momento atual e daqui para frente regrassem suas vidas conforme as normas bíblicas, jamais conseguiriam reverter a catástrofe iminente. Por melhor que agissem, cuidando de suas mentes, do planeta, de seus corpos e uns dos outros, jamais lograriam restaurar o sistema e restabelecer a estabilidade das células a ponto de não mais morrerem, pois aprendemos muito pouco, porque, por mais que nos digamos submissos ao aprendizado, sempre questionamos algum ponto, porque, talvez pareça que não nos beneficiará. Somente uma reconstrução genética completa, fazendo que cada gene comesse do zero, sem qualquer defeito, subsidiada por uma completa reestruturação mental e ambiental, poderá reverter a deterioração da vida e a morte conseqüente.
Não temos tempo suficiente para alcançarmos tal perfeição antes da catástrofe final. Nem mesmo conseguiríamos cessar nossos erros, quanto menos acertar em tudo.
Os que se dispõem a deixar de fazer segundo sua própria vontade, mas segundo as normas de Deus, precisarão readquirir a virtude do acerto, mas, mesmo que sigam a Bíblia a risca, jamais acertarão. Então jamais alcançaremos a perfeição necessária, jamais conseguiremos por nós mesmos. Deus terá que intervir de forma sobrenatural (além de nosso entendimento) para que readquiramos a capacidade de acertar.
Mas que prêmio se merece por contrariar as normas de conduta de Deus e pôr o planeta sob calamitosa desordem e o Universo em risco de extermínio? Se tivermos a segunda chance sem sofrermos as conseqüências matemáticas, que lição haveria? Pais que premiam a insistência do filho em errar dão-lhe a entender que o erro compensa, incentivando-o a seguir errando. Admitiremos que estivemos em erro se não nos for permitido conhecer do erro o resultado? Em vista de nossa teimosia, como você responderia tais perguntas? E se nos exterminarmos, experimentando o resultado final da rota que temos seguido, seria correto Deus reviver-nos para a segunda chance, premiando a rebeldia? Teríamos aprendido a não duvidar dEle?
Deus não vai nos poupar. Ele não pode fazer isto. Seria nossa ruína e, de igual modo, a do resto de Sua Criação – os seres inteligentes que ocupam outros planetas no Infinito, também os anjos, que têm sido leais, resistindo à idéia de seguir suas próprias idéias.
Deus deu-nos escolher a via errada neste grande laboratório para experimentarmos livremente, concluindo por nós mesmos se nossa tese sobre a condução da vida é coerente ou não. Escolhemos e experimentamos, concluindo que estivemos e permanecemos errados, mas deveras tarde para revertermos a morte do planeta e das espécies, incluindo a nossa.
Sendo que a morte é o apogeu da degradação, como poderíamos reviver? Deus também não pode nos restaurar, pois não seria justo com aqueles que têm obedecido. Portanto, nossa sentença é: permanecer mortos, virar nada, depois da última catástrofe que breve culminaremos. Nosso destino é sermos transformados em qualquer coisa no universo pela transformação natural, menos seres viventes, muito menos inteligentes.
Bem. Sendo que Deus é absoluto e tudo é relativo a vontade dEle, porque Ele é quem cria todas as coisas conforme bem entende de criar, se Ele resolver que não existamos, jamais poderemos existir. Como o computador depende do operador que o ligue à fonte de energia para que ele demonstre o que nele está armazenado, da mesma forma, só existimos se estivermos ligados a Deus. Escolhendo nosso próprio caminho, nos desligamos dEle e daí para frente temos caminhado para a inexistência sem que Ele possa impedir-nos, pois restringiria nossa liberdade e permanecer na inexistência é o prêmio que adquirimos por exercitar erradamente a liberdade e Deus não pode nos privar dele, pois por tal prêmio labutamos.
Mas, por grande esforço de Deus em nos convencer, muitos de nós rejeitamos o prêmio, pelo que pedimos que nos salve dele. Então, na Bíblia Ele nos ensina como proceder, retornando do caminho errado para o da obediência. Porém, não logramos retornar de um todo, pois nossa vontade é ineficiente. Logo, estamos condenados a inexistência infinda, como todos os outros.
Mas Deus não pretende que nos exterminemos. Afinal, permitiu este processo para que aprendêssemos manter-se imortal. De que serviria isto tudo, se não mais pudéssemos viver?
Mas a lição fatal da morte exterminante – a ausência completa de Deus – precisa ser conhecida como resultado prático do contrariar, para servir de lição, advertência permanente, para que tal desatino não mais se repita no Universo e este não mais seja colocado em risco. Se isso não ocorrer, a lição não terá valido.
Mas o homem adquiriu a mortalidade cabal e caminha para ela irreversivelmente. Como poderá sofrê-la somente como lição, se não poderá retornar dela para usufruir os benefícios do aprendizado? Diante disto, Deus criou um meio para, apesar de o homem estar produzindo sua mortalidade, impedi-lo de chegar a ela sem restringir-lhe a liberdade, sem anular o efeito didático da lição. Em vista disto, Deus mesmo tomou a forma humana e sofreu o efeito mortal das atitudes do homem, morrendo a morte exterminante que a nós cumpria morrer.
Estando morto, porém, como Deus poderia cessar o processo de morte do homem, que somente Ele poderia frear, também somente após permitir que todos os seres inteligentes do universo vissem o resultado final das ações humanas. De nada adiantaria Deus exterminar-se em lugar do ser humano se não pudesse estar vivo para agir a ação de impedir a humanidade de exterminar-se finalmente.
Logo, para salvar a humanidade, não bastava a Deus morrer por ela, precisava reviver. Mas, para poder reviver, enquanto vivendo a experiência do homem em condição de homem, Deus não praticou atos que produzem degradação física e o levassem a morte. Por Suas atitudes, portanto, Ele jamais produziria Sua morte, jamais conseguindo morrer, mas, pelo efeito de tomar sobre si as ações erradas dos humanos, morreria em seu lugar, demonstrando na prática que o contrariar as normas do Criador produz o auto-extermínio, lição permanente, prevenindo que a morte ressurgisse em qualquer lugar e tempo no futuro.
A morte exterminante não poderia ter efeito permanente sobre um corpo que não produziu seu próprio extermínio. Nosso corpo não consegue cessar o efeito degradante porque nossas atitudes são continuamente agressivas. Se conseguíssemos cessar tais atitudes, se tivéssemos em mente pensamentos coerentes, produzindo acertos permanentes, reverteríamos o processo de mortificação, mas somente após algumas gerações terem agido de igual modo. Todavia, dado a debilidade que possuímos, não podemos, nossa mente não assimilaria, nem mesmo compreenderia o aprendizado necessário e, se aprendesse, não conseguiria acertar tudo, pois temos ainda pré-disposição para satisfazermos a nós mesmos. Por outro lado, estaríamos neste mundo, onde a maioria não concorda em tomar tal atitude e, por mais que vencêssemos a nós mesmos, jamais reverteríamos o processo, pois as atitudes erradas da humanidade e a natureza ainda nos agrediriam.
Ao contrário da nossa mente deturpada, a mente de Jesus somente o conduzia a atitudes acertadas em relação a Seu corpo, que, mesmo exposto às agressões da poluição e desequilibro daqueles dias (que Ele não podia evitar) mantinha o equilíbrio celular – estava em constante e eficiente restauração. Logo, as feridas e o ataque cardíaco, decorrente da pressão por ter assumido a culpa de bilhões de pessoas, fazendo-se indigno e inimigo do Pai, impediram-lhe as funções do corpo chegando a matá-lo, mas, cessando a agressão, as seqüelas não puderam impedir-lhE o corpo de regenerar-se, restabelecendo as funções, ressuscitando por fim.
Embora que esta seja uma explicação técnica, o processo só foi possível porque Deus atua diretamente nas células e, se Ele quer, pode nos restituir a vida. Jesus conseguiu reviver por ser Deus e porque os pecados da humanidade não foram suficientes para tirar-lhe o potencial de viver e os méritos que alcançou por não ter posto Sua vontade em primeiro plano – por não ter pecado. Por fim, isto tudo só aconteceu “porque Deus amou o mundo de tal maneira” a querer os humanos vivos, livres e felizes, mesmo após terem produzido seu próprio extermínio, por isto Deus “deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Quando voltar, antes de qualquer coisa e de forma além de nossa compreensão, Jesus completará nas mentes dos que não querem seguir no curso do auto-extermínio a vontade e capacidade para regrarem suas vidas conforme a vontade de Deus. Depois, os levará a uma morada provisória, no céu, onde nenhum pensamento deturpador, desgosto, guerra, assassinato, fome, alimentos impuros, poluição, ou doença poderá agredir-lhes. Suas células começarão então o processo de regeneração até cada deturpação ser eliminada. Após um período de prestação de contas, Ele restaurará este planeta, eliminando todo tipo de agressão, nos devolvendo limpo e arrumado, como quando o deu a Adão e Eva. Então não mais choraremos, pois Deus estará aqui, sempre conosco, e na memória teremos o resultado desastroso de não termos regido a primeira experiência conforme as recomendações do Criador.