Cada um colhe o que planta
Dentre os mais singelos atos até os mais complexos fatos, toda ação sempre gera um resultado. A natureza optou por essa lei e ela impera ao longo dos séculos. A interação de todas as manifestações do universo chama-se equilíbrio.
Porém dentro desse equilíbrio, nós, seres humanos, estamos sujeitos ao imprevisto, ao catastrófico, ao surpreendente. Vivendo essa instintiva incerteza, a única coisa que podemos saber é que, cada atitude, cada passo tomado na vida trará uma conseqüência. O passado construiu tudo o que somos hoje, e é por isso que temos tanta dificuldade em lidar com ele no presente. Desde que nascemos e tomamos noção do espaço em que vivemos, trazemos conosco um saco de sementes, as quais simbolizam cada atitude tomada na vida. Porém nessa horta vital nós temos a condição de plantar sementes em diversos tipos de solos e condições climáticas, o que determina a saúde da planta.
Todas as manhãs fazemos uma nova colheita, e ao longo do dia plantamos tudo novamente. Algumas safras demoram, outras tornam-se maduras em pouco tempo. Uma semente pode ser boa e brotar em solo ruim, morrendo, ou também pode brotar mas não ser regada, secando. A erva daninha quando cresce em solo bom, estraga as demais plantas.
Pelo amor a semente que o homem deposita na mulher gera a vida, pela vida tudo o que plantamos gera a morte, a absoluta certeza. Dentro disso temos sempre a opção, o livre-arbítrio, e três grandes ferramentas: o passado que nos comprova, o presente que manipulamos, e o futuro que podemos arquitetar.
No fim, cada um colhe o que plantou.