Delirei...
Hoje, posso dizer que delirei...
Delirei ao chamar teu nome e não obter resposta alguma. E ao sentir meu corpo arder em brasa, imaginei que não pensas em mim, que eu, agora, sou passado.. enterrado, esquecido!
Meus olhos alternavam entre o ardor do calor das lembranças e o queimar do frio do esquecimento. Continuei ali, sozinha, sentindo o calor me consumir e o frio me abraçar. Já não pensava e as lágrimas evaporavam antes de chegarem ao fim da minha face.
Todos os meus temores pareciam se materializar diante dos meus olhos - poderia tocá-los, não fosse minha covardia e medo extremos -, o silêncio só era quebrado pelas vozes do inconsciente. Vozes que me levavam a uma viagem assustadora pelo passado, uma viagem em mim mesma...
O que mais assustou-me não foram as lembranças ou o passado, mas a minha falta de vontade de respirar, de abrir os olhos, de viver... Tive medo de mim mesma!
Deixo, então, o delírio me domar, me controlar por inteiro... Já estou sem forças e cansada de lutar em vão!.
...o1:3o...
...Entre o delírio da febre e o delírio do amor...