Morte mundana
No passado morria-se com classe,
Com estilo e com tempo.
Ouvia-se árias inteiras,
No seu último suspiro.
Hoje morre-se aos milhões.
Morrer por morrer.
A morte virou mundana,
Corriqueira e banal.
A morte programada,
No corredor da morte,
Já estampa anúncios de jornal
A morte mata.
Mas não mata
Como antes.