Talvez...
Escrevo por que cresci sem ter com quem conversar. Fui uma criança solitária, um adolescente sozinho e agora um adulto que se sente um gelho decrépto, já cavando a própia cova com as mãos. Nunca soube qual meu papel nessa exitênicia, se é que tive uma. Talvez eu tenha sido um erro. Como de digitação, uma falha da natureza, um corpo inútil e uma mente sem utilidade.
Talvez eu seja apenas um estorvo. Uma anomalia do universo, um estrangeiro de dimenções inexistentes, de terras sem nomes.
Talvez eu seja apenas um saco para carregar à tristeza.
Tavez eu seja somente um mero... Talvez.