Nem o sol...

Eram folhas arrancadas

guiadas pelo vento....

De uma em uma, despiram

E a nudez exposta era ressequida

A seiva esvaira-se

Desesperança

Já não havia viço, vigor

minados, seus sonhos

eram turbulentos

Feito vendaval em fúria

Ruíra as cores primaveris

No âmago, em clausura os

dias de luz

Na íris, o desbotar sonante

do entardecer

das lentas e indissonantes

esperas

O fluido pesa, e escorre...

as pálpebras fecham-se

Quisera nao ver,

não saber

não haver...

Quisera a volta

o enlaço

o regaço

Quisera de novo o ser

Quisera de novo, ser...

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 05/02/2009
Reeditado em 09/09/2010
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