Revendo "Dualismo"de Olavo Bilac
Somos tão complexos e cheios de contradições.
Pensamos de uma maneira e agimos, muitas vezes, de forma diferente.
Em nosso interior, duas forças se confrontando.
Quem vencera? Haverá vencedor?
Bilac no poema "Dualismo" diz:
"Não és bom, nem és mau: és triste e humano...
Vives ansiando, entre maldições e preces,
Como se a arder no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.
Pobre, no bem como no mal padeces;
E rolando num vórtice insano,
Oscilas entre a crença e o desengano,
Entre esperanças e desinteresses.
Capaz de horrores e de ações sublimes,
Não ficas com as virtudes satisfeito,
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:
E no perpétuo ideal que te devora,
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora."
Li este poema na adolescência. Nunca o esqueci, pois já naquela época, apesar da pouca idade, percebia quanta verdade ele continha.
Hoje, este poema me vêm a lembrança ao tentar entender certos comportamentos tão contraditórios.
Duas forças antagônicas a nos governar. Uma luta constante entre o racional e o irracional.
Somos assim forjados. O desafio é: A busca, constante, do equilíbrio
Dizer que nossas reações são apenas químicas, é muito simplista. Se assim fosse, bastariam algumas drogas, e vários problemas estariam resolvidos.
Sinto que há algo mais: uma força; que está acima de nossa compreensão.
Energia e Matéria cores complementares.
Lisyt