Viagem

Viajante clandestina neste raio de lua,
Um dia serei etérea para seguir os passos do vento.
Então, recolherei retalhos de sonhos e partirei.
Licenciada pelas trevas,
Enfeitar-me-ei com todas as estrelinhas
Que, porventura, se esquecerem
De ser inatingíveis.

Por esse caminho de cores anônimas,
Irei recolhendo todos os tempos
Para retê-los numa caixinha de eternidade.
Depois, dentro da mesma caixinha,
Guardarei nossos encontros
Para fantasiá-los de sempre.
Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 27/01/2009
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