...No avião, escrevo minhas horas...
No avião escrevo as minhas horas, longe de casa um pouco se inibiram as letras, aos poucos retornam ávidas por um reencontro com o papel, teclado, com o mundo encantado do transpor os sentidos, sentimentos. Enquanto em volta as pessoas meus companheiros de viagem lêem, alguns conversam, crianças tagarelam, homens dormem, eu troco comigo um refletir, reflexões do que acabo de vivenciar, sobre o ano que findou e sobre o que virá.
Indago-me sobre o futuro.
O que ele é afinal?Porque muitas vezes nos causa medo, ansiedade, até aflição? O que ocorrerá na nossa pequena-grande história da vida?
As quantas andam esse nossso “romance”?
Qual página ou capítulo está?
Não sei não nos cabe saber.
Esse livro, ou capítulo até podemos prever, desenhar, focar, planejar, mas só o saberemos ao certo quando por ele estivermos transitando, vivenciando.
A grosso modo nosso livro inteiro reparte-se em três definitivos capítulos ou partes.
A já por nós conhecida, lida, vivida, a que hoje estamos transpondo e a velada, aquela que se faz surpresa.
O que fazer?
Nada se pode passar, suprimir, tudo, tudo queiramos ou não tem que ser lido, mesmo que às vezes nem seja compreendido. Bom se conseguimos gostar, apreciar as passagens,passar levemente por cada situação, de tudo retirar lições, quem sabe até conseguimos reescrever ou reinventar nossa obra!
Nossa vida inteira deve ser o nosso best - seller, e como personagens devemos ter nossa marca, traço, e acrescentar ao nosso livro boas, leves e intuitivas razões para inspiração.
Uma obra repleta de belas mensagens!
E o tal futuro?
Segure-se, não se espante, ele já chegou, ele é hoje... passa repentinamente a condição de presente....
Então, Viva-o!
* no finzinho de 2008, no avião, voltando para casa...