Dores e Delícias
Não sei se é áspero ou ácido, amargor ou amargura, o que sei é que sei que muitas pessoas deixam traços assim dominarem suas vidas. Prevalecer.
Todos temos dias e “dias”, por algumas razões sofremos, nos abatemos, aborrecemos e até desanimamos. É comum porque somos humanos, é inerente a nós. Mas daí a deixar que tais ransos, dores minem a nossa auto-estima, retire todo o nosso alegrar e até transfiramos este baixo astral para os outros, é demasiado decadente.
Dia desses em contato com uma amiga que se mostra o tempo todo assim, percebi os danos extensivos que envolvem digamos a amargura, ranso interior. Imaginem que ao longo do dia conversamos muito, afinal busco ajudar, no entanto recebi meia dúzia de críticas, umas respostas “tortas”, que sai da casa triste, mofina. Sabe, cheguei em casa me flagrei “pra baixo” e fui entender o quanto àquela energia me invadiu. O bom foi que percebi avaliei e tratei de colocar um incenso no meu astral e buscar ficar bem.
Percebi e percebo a cada dia como somos uma imensa diferença, olhamos o horizonte diferentemente, registramos e trabalhamos as frustrações de forma distinta, temos, imprimimos valores diferenciados às situações. As crenças também são absolutamente diversas. Isto faz com que eu seja eterna menina, colecione cartas, cartões, canetas coloridas, seja afetiva e sonhadora, tenham ânimo e astral muito jovem, curtas tatuagens, poesias, meu canto, e não deixe que a minha solidão física, afetiva, tome conta de meus dias, meus atos e pensamentos.
Não deixarei nunca de trocar com a moça, experiências, de tentar mostrar a ela o bom da vida, apenas não deixarei que aquela amargura me tome em revés, e nem ficarei persistindo para que mude. Cada um é o que é. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é como sabiamente disse Caetano Veloso.