Reservo-me o direito de não sair deste lugar
Pois os caminhos percorridos outrora
Machucam-me os pés, as mãos e principalmente os olhos...
 
Não olharei mais para os lados...
Por um tempo prefiro me esconder e me mostrar
Somente aqui...
 
Perdoe-me as visitas que nunca mais fiz,
Mais me dói a alma quando vejo
A duvida pairando sobre mim!
 
Tantas são as musicas
Que chegam aos meus ouvidos...
Palavras mal-cantadas...
Rimas sem sentidos...
Mais lá no fundo do meu intimo...
Ainda creio que tudo é imaginativo!
 
Essa chuva que caí sobre minhas asas,
Deixa-me pesada...
Assim, fico fraca... Uma presa fácil!
 
Prefiro voar no silêncio...
Prefiro não ver o que as serpentes comem,
Pois se elas me observarem...
Irão lanças seus venenos mortais!
 
Estou voando nesse momento no vento,
A chuva da tarde já se foi...
O Sol das 16, sai acolhedor
Seca minhas asas com tamanho carinho...
 
Que mesmo que negue...
O amor que há em mim,
Busco a cruz para pousar
E pedir a Deus,
Que não me fiz enganar!