O SILÊNCIO DOS INOCENTES

Minha vida sempre foi um trem sem destino...

Atravessei as mais improváveis estações férreas,

E no caminho do descobrimento individual,

Alinhei meus sonhos, nas minhas únicas possibilidades...

Caminhar no deserto, não é tão fácil para quem desconhece a solidão,

Retratos somam-se, e às vezes devolvem o passado...

E as imagens nem sempre são as mais belas,

As respostas nem sempre são as melhores...

O infinito guardado em nosso coração,

Às vezes retrata a idade das nossas imperfeições...

E as marcas atravessam o destino,

Das nossas mais singelas afeições...

O vento às vezes viaja milhas, sem descanso,

Para dissipar-se na primeira inclinação...

A água mais doce, às vezes envenena,

Matando a sede de uma ilusão...

E no silêncio dos inocentes,

Descansam infinitas lições...

Que se despedem com o tempo,

Mas que jamais perdem a razão...