Grito que silencia
Sou tristeza que caminha
alegria contida
lágrimas que um dia foi dos olhos ao chão
Sou a beleza da escrita
verdadeira ou fingida
talvez o azul da tinta que escreve sem pretensão
Sou silêncio da noite
o frio da madrugada
os passos nas calçadas que vão sem direção
Sou canção que se canta
poesia que encanta
e o encanto do conto que fala ao coração
Sou a rima do poeta
palavras do profeta
o calor no inverno e o frio no verão
Sou o silêncio que grita
grito que silencia
palavras de um mudo nos gestos de suas mãos
Sou razão da verdade
o medo do covarde
o que sou só Deus sabe pois ele me criou
Por ele é que escrevo
choro e me arrependo
de todos os meus erros para ter seu perdão
Então fico tranqüilo
sei que tenho um abrigo
por causa do amor de Cristo hoje vivo estou
e sou o que sou.