DESALENTO
Estou sem querer.
Sem planos, sem desejos,
Nada para realizar.
Nem realizei todos. Só alguns.
Eram tantos!
Que foram esbarrando, em pedras,
Em curvas, foram se desmontando, escoando.
Até ficar assim. Vazio!
Agora não quero pensar em nada.
Só quero ficar só, também nem sei pra que!
Para elaborar novas construções?
Sobre amargas e decepcionantes experiências?
Nada me seduz, nem me entusiasma.
Quero mergulhar no vazio, no escuro.
Quero nascer de novo.
Mas com a memória desta vida!