14 de Janeiro de 2009

Muitas vezes, esperamos uma palavra de conforto, um abraço apertado, um parabéns pelo nosso dia, um eu te amo só para você e ninguém mais. Mesmo que este “alguém” seja alguém que não está mais entre nós. Esperamos ainda uma mensagem dizendo, “hoje é um dia especial”. Mas o que ouvimos não passa de entrelinhas de um falso sentimento de apego e medo da solidão. Solidão essa, que vem e nos destrói por dentro. Compaixão essa, que não sabemos o por que de sua existência.

Homens e mulheres “frias” buscando se encontrar e se auto-afirmar de maneira que o próprio ego deixa a mostra um caráter de grandeza “Rei”.

Rei da sociedade, “pseudo-intelectual”.

Essas pessoas, muitas das vezes, confundem o ser que é, como se isso fosse o correto para si mesmo, bastando apenas vangloriar o seu corpo.

Existem pessoas que se olham no espelho periodicamente deslumbrando em demasia uma doença chamada: “sou eu no mundo e mais ninguém”. Mundo de conto de fadas?

Reconhecer o seu lugar como pessoa no século XX não é para qualquer pessoa, você deve fazer um cursinho de bons modos antes. Talvez colocar o carro na frente dos bois não tenha sido a melhor forma de dizer que você morreu tentando.

Meses se passaram,o seu amor poderá até ser verdadeiro, mais precisa de ter algo que o leve realmente a “amar o próximo como a ti mesmo”. Amar tudo, mesmo esse tudo estando morto. Nascemos e morremos, questionamos muitas vezes, quem somos? Para onde vamos?

Não conseguimos achar o verdadeiro porque das questões, somos nada, não passamos de apenas seres racionais e meros mortais. Acreditamos muitas vezes em algo que projetamos ao longo do nosso crescimento. Projetamos em nossas mentes, o incondicional, “Ser ou não ser”. Queremos dar rumo a nossas vidas, esquecendo de viver “só por hoje” ou simplesmente um dia de cada vez. Nós seres humanos, buscamos sempre encontrar meios para satisfazer o próprio ego, esquecemos que milhares de pessoas estão a nossa volta, queremos sempre a atenção voltada para nós mesmo, o tempo inteiro. Olhe para o lado, o que você consegue ver?

É isso mesmo, sua sombra projetada por um reflexo de uma luminosidade. Será que você não consegue, enxergar quem está a sua volta?

Claro que não. Hoje o que importa para você, é você mesmo, o resto do mundo é que se funda. Pensar no próximo, pra que? Se você consegue viver sozinho no mundo, não há motivos para olhar quem está a sua volta. Dizem que “somos responsáveis por aquilo que cativamos” ah...dizem também que tudo que se faz aqui você paga aqui mesmo. Claro, o céu e o inferno são amigos, resta para você somente o “aqui mesmo” , não é mesmo?

Agora vejamos, olhe-se no espelho. Você é fruto de uma sociedade que acorda todos os dias para andar de um lado para outro, e no final do dia dizer na frente do espelho, eu sou “Eu” mesmo. Claro, se ninguém está a sua volta, resta somente no final do dia olhar-se para si mesmo e dizer “eu sei que sou Eu mesmo”.

O fator em questão é que você não consegue viver com ninguém além de você mesmo. A auto-afirmação é primordial em sua vida. Tentamos até colocar ao nosso lado pessoas do mundo exterior para convivermos lado-a-lado mais acabamos manipulando essas pessoas como se fossem meros ratinhos brancos de laboratório. Entender o ser humano é uma busca de milhares e milhares de anos, e até hoje é questionado o “OVO”.

Mas de fato dia 14 de Janeiro de 2009, não passou de “meras palavras jogadas ao vento”. Ficará apenas marcado como um dia, sim, o dia que foi questionado as diferenças entre duas pessoas, pessoa que se diz unicamente “EU” e mais ninguém além do meu espelho.

Podemos chama-la de EU interior!

Jana Valentina
Enviado por Jana Valentina em 15/01/2009
Reeditado em 16/01/2009
Código do texto: T1386597
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