SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 09 - O INFANTIL
Tal como a noite e o dia, assim se dá com a infância e a infantilidade;
A primeira é compatível com a idade, mas a segunda é consciência estagnada;
Um oceano de imaturidade impregnada num ser humano sem profundidade;
Uma estacionada personalidade, que não avança no mesmo ritmo da jornada!
Os seus sintomas são diversos e o diagnóstico é fácil de intuir;
Hábil no falar e débil para ouvir, seus poros vertem impulsividade;
Afoga-se nas mágoas com facilidade, odeia toda ação a lhe instruir;
Destrói em dois segundos o que lutou pra construir, é menosprezador da humildade!
O seu retardo é tão proeminente que sua boca chega a ser torrente de tolices;
Ingenuidades e sandices, de quem se espera alguma gota de sapiência;
É inimigo da paciência, mantém romance com toda sorte de idiotices;
É humana quota de ufanismo sem limites, é grotesca forma ideológica de demência!
Nada é melhor do que viver intensamente cada momento e toda etapa;
Porque a vida que beija também desfere o tapa, e a mesma imagem se difere conforme a lente do olhar;
Pra frente temos que andar, até chegar à estação sensata;
Porque o infortúnio não perdoa e nem descarta quem esquecer de se aprimorar!
“Quem não for criança oportunamente padecerá seu prejuízo numa velhice sem juízo” (Reinaldo Ribeiro)