SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 09 - O INFANTIL

Tal como a noite e o dia, assim se dá com a infância e a infantilidade;

A primeira é compatível com a idade, mas a segunda é consciência estagnada;

Um oceano de imaturidade impregnada num ser humano sem profundidade;

Uma estacionada personalidade, que não avança no mesmo ritmo da jornada!

Os seus sintomas são diversos e o diagnóstico é fácil de intuir;

Hábil no falar e débil para ouvir, seus poros vertem impulsividade;

Afoga-se nas mágoas com facilidade, odeia toda ação a lhe instruir;

Destrói em dois segundos o que lutou pra construir, é menosprezador da humildade!

O seu retardo é tão proeminente que sua boca chega a ser torrente de tolices;

Ingenuidades e sandices, de quem se espera alguma gota de sapiência;

É inimigo da paciência, mantém romance com toda sorte de idiotices;

É humana quota de ufanismo sem limites, é grotesca forma ideológica de demência!

Nada é melhor do que viver intensamente cada momento e toda etapa;

Porque a vida que beija também desfere o tapa, e a mesma imagem se difere conforme a lente do olhar;

Pra frente temos que andar, até chegar à estação sensata;

Porque o infortúnio não perdoa e nem descarta quem esquecer de se aprimorar!

“Quem não for criança oportunamente padecerá seu prejuízo numa velhice sem juízo” (Reinaldo Ribeiro)

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 12/01/2009
Reeditado em 23/01/2009
Código do texto: T1381029
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