REVOLUCIONAR
Despertamos, segundo Brecht, aquele sexto sentido para a história. Desse momento em diante, estamos condenados a revolucionar, enxergando o mundo de forma mais crítica, tentando ao menos aliviar as dores dos muitos inocentes que silenciam por todo o mundo. Sentimos também as perdas do caminho, talvez porque o tal "sexto sentido" tenha também nos retirado um pouco da inocência. Assim é o mundo do jovem ou daqueles que nunca deixam de permanecer, uma ambigüidade, que por hora se mostra crítica e tenta mudar toda forma de regramentos; por outra, perdoa e olha as mesmas mudanças com certa fragilidade, o que nos permite afirmar: "a beleza de ser um eterno aprendiz". Sabendo da notoriedade deste jornal que acompanho, volta e meia na mesa do meu pai, sinto-me feliz ao saber que ainda existem pessoas que se organizam, escrevendo, estudando, publicando peças que permitem ao jovem uma busca por respostas, porém, não impedindo a criação de dúvidas, tão necessárias à construção do conhecimento.