Encarar de frente e arriscar.
É inaceitável o modo como fugimos de certas coisas, evitando elas o máximo que conseguimos. Talvez seja difícil aceitar que o destino cruza com a gente todos os dias, nos dando a chance de amanhã, fazer com que o dia seja diferente. Devemos ser racionais para concluir que temos medo do dia de amanhã, e as chances de algo dar certo parecem ser tão longíquas quanto a nossa coragem em arriscar. Nosso consciente aprende então, que deve fazer o contrário do que deveria ser feito. Quase ninguém faz algo mesmo não sabendo onde isso pode dar. Quase ninguém arrisca mesmo sabendo que pode por tudo a perder. Quase ninguém se arrisca sem ter um pingo de medo e desconfiança ao tentar. Quase ninguém encara de frente o que parece ser um mar de atrações negativas, para então, poder enxergar o que está além do horizonte das dificuldades.
Nós nos fechamos em uma bolha, descartamos tudo aquilo que parece ser difícil demais. Só enxergamos a negatividade e nada mais. Nada mais vai além e mais forte para que dê asas as nossas expectativas. Aquelas que na maioria das vezes acaba morrendo dentro de nós, paradas no ponto de partida, ou no meio do caminho. E é assim que fugimos das oportunidades, do que pode ser certo em nossa vida. Do que realmente espera por nós, sem ao menos poder chegar ao nosso campo de possibilidade. A única possibilidade que vemos em nossa frente é a chance das coisas darem errado. E é assim que formamos a nossa bolha. É assim que mudamos de rua quando entre duas, uma parece ser totalmente errada. É assim que corremos quando em alguma esquina desse mundo, damos de cara com o destino nos convidando a arriscar e confiar. Vamos para uma direção oposta. Damos vida ao medo que fica dentro de nós. Deixamos que ele seja como rodinhas em nossos pés; querendo correr do certo, podendo, assim, ir de encontro com o errado.