ÁRIA DOS CONDENADOS

O autor – quando abre a sua insondável cavatina – sempre fica pensando que vai salvar o mundo da ignorância, ou, no mínimo, vai encontrar alguém pra ajudar a levantar pedras e construir o poço de Narciso. Neste, ele imediatamente se vê, com o semblante de mago, bruxo ou bobo-da-corte. Mas, no reflexo mudo que sobrevém na água da cacimba recém-nascida, há mais espíritos de luz do que sombras.

– Do LIVRO DOS AFETOS, 2005/2009.

http://recantodasletras.uol.com.br/pensamentos/1369998