Sono

Ah! era a chuva! eu sentia o cheiro da grama se evaporando pelos ares, e me sentia em plena floresta,calma, densa, confortante. Onde eu deitava para ouvir os ruídos da natureza...

Encostei-me em relva que molhada me refrescava, sentia as brisas acalmando o meu corpo, ninando meu rosto, alvoaçando meus cabelos...

De repente, um torpor! Como se estivesse extasiado, comecei cerrar os olhos, parecia que a floresta estava me perfumar...

Desmaiei nos braços da preguiça, já não sentia a mim mesmo... já não queria ser eu.. ali entregue a um sono profundo, via nuvens claras dançando ao meu redor, cruzavam-se na ciranda... E rodavam, rodavam... Era o sono!

Eu via um foco de luz que cintilava entre o azul tinto, o amarelo, o vermelho e ouro. Eram fios de luzes sobre meus olhos me fazendo enxergar um caleidoscópio de cores cada vez mais relaxantes...

Sentia minhas retinas se fechando para cores. Pesava, o sono, pesava...

Agora não consigo mais ver coisas nítidas, não escuto vozes, nem ecos, nem sinto mais a natureza... (tum tum... tum tum... tum tum...)

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 06/01/2009
Código do texto: T1369676
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