Longe

Falta o ar e eu corro, montanhas verdes, trilhas brancas e eu corro e me falta o ar. Eu realmente não sei como agir ou se devo. Me invade então uma confusão tão cruel que minha sanidade escorre do corpo. Meus olhos não expressam em lagrimas, pois talvez tenham desaprendido ou ainda estejam muito cansados. Cansados do que não viram, cansados do que têm medo de não ver, doloridos e magoados em demais pra se expressar. A falta que a saudade faz é quase tão apavorante quando sentir-se sem rumo. O coração aperta, não respiro, mal durmo e nem sei o motivo. Eu só queria me desligar e recarregar minhas baterias, parar o mundo e sumir dele por alguns dias. Gostaria de fazer-me enxergar, talvez seja a única forma de ser compreendido, mas as pessoas só observam o que as interessam e minhas dores são algo que ferem em mim e só eu sinto. Talvez seja melhor não falar e não incomodar, mas o silêncio nunca foi minha virtude!

Vinícius Lima
Enviado por Vinícius Lima em 04/01/2009
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