Desconhecido...
Adormeceu na praia
Perdido pelas águas
Não soube nadar
No mar se jogou
Nas ondas levou
O seu sonho para mergulhar
Paz ele não tinha
Sua única companhia
Era o vento do norte
Lançado a própria sorte
Deixado por seus pobres
Na sombra de um olhar
Maré quebrava forte
Ele não tinha sorte
Não descobriu quem é?
È mais um meliante
Indo contra o enxame
Na certeza do que quer
Esse é seu destino
Dois amores um sorriso
Nas mãos carrega um livro
Para ler para a tempestade
Não carrega vaidades
Fama ele não quer
Dentre as ondas distantes
Ele é um navegante
Solitário com os peixes
Na clareza das águas
Seu pensamento é sua estrada
Nas profundezas do seu ser
Carrega em suas mãos
O próprio coração
Nos ombros sua emoção
Escreve poesias
Dorme sob sua vida
A noite vai achar rimas
Sua canção noturna
È a cantoria de sua angustia
Querendo encontrar
O que não se quer
Nos seus punhos
Vê-se um lápis
Um remo de azares
Que conduz seus pés
Na ponta de sua cabeça
Carrega uma luz
Para iluminar seus caminhos
A escuridão desse destino
Que infelizmente te seduz
Perdi-o de vista
Lá se vai um positivista
Que quer mudar os rumos
Segue seus próprios passos
Marca os errados
Quando quer descobrir
Que acerto quer
Rema com seu lápis
Em águas de olhares
Que o observam
Nas pontas de seus pés
Para onde ele vai?
Quem ele é?
Pergunte a você...