Ainda Acredito

Eis que em meio ao deserto, ainda restam sonhos que sobrevivem ao clima árido.

Sonhos que não se desfazem pelas desesperanças da vida ou aos atos insanos dos humanos

Desses que resistem as provas, permanecem depois das tempestades e se tornam as bonanças.

São meus mananciais, que saciam minha sede de esperança devolvendo o gosto pela vida.

Não quero seguir, como alguém ressequida que esqueceu o desejo de existir.

Quero aprender com as crises, da um sentido aos problemas da vida e aprender a sempre prosseguir

Quero caminhar como quem não carrega malas, nem cargas, mas livre, leve e viva.

Não serei mais um defunto de sonhos, apenas sobrevivendo, esperando partir.

Quero seguir vislumbrando a caminhada, saboreando cada jornada aproveitando a experiência de estar ali.

Pois, eu ando com o peito tão aberto, que até em meio aos desertos eu irei cumprimentar quem eu ver passar.

Não quero andar sozinha, afinal que graça há em caminhar, sem falar do que vivi.

Quero falar de cada experiência vivida, até as dores resolvidas farei questão de contar

E ao falar terei um sorriso no canto da boca para estimular a outra pessoa a não para de andar

Seguirei assim, não olharei só para mim, olharei para o outro e terei o universo dentro de mim.

(Gilmara Leite)

GILMARA LEITE
Enviado por GILMARA LEITE em 28/12/2008
Código do texto: T1356380
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