SÉRIE ALMAS PEQUENAS Nº 07 - O CONSUMISMO
Há muito tempo a sagaz ambição teve uma luz mais lucrativa que a afro-escravidão;
E lançou mão de seus cruéis propósitos com ares de simpatia;
Assim surgiu uma famosa utopia sobre os tapetes vermelhos da industrialização;
Vendendo a sua conspiração e passando como troco o mito da democracia!
Nem mesmo a milenar astúcia chinesa, que ao famigerado dinheiro inventou;
Competiria com todo o fervor da criativa britânica revolução;
Que desde então, imensamente maior foi a multidão que sem senzala escravizou;
E o inconsciente coletivo hipnotizou por intermédio das correntes da compulsão!
Essa doença que nem consta nos catálogos, mata de culpa quem não compra;
E deixa cega e tonta, a alma fútil que se depara com o sedutor comercial;
É um apelo descomunal e que a todo comendo cerebral sabota e afronta;
É um assédio cafetão que a dignidade desmonta, reduzindo o ser humano a um cifra banal!
O prejuízo alocado pelo lucro absurdo do consumismo;
É um voraz e insaciável abismo que nos obriga ao complexo de supermercado;
Quem o seu tiro houver acertado, sucumbirá perante os ópios desse hedonismo;
Quem discernir seu transtornado psiquismo será bem mais recompensado!
“Miserável homem é esse cuja alma se conforma em ser produto” (Reinaldo Ribeiro)