A morte...
A morte. A injustiça da vida. A única certeza que temos perante toda a nossa vida. É estranho. Alguém está vivendo a vida como queria, com as coisas que sonhava e batalhou tanto. Tantas outras ainda estão atrás dos planos, dos sonhos. Muitas ainda nem começaram, nem tiveram oportunidade; e do nada cruzam com a morte. É difícil você acordar num dia e pensar que é e pode ser o seu último. Poucas pessoas devem pensar assim, poucas devem pensar na possibilidade de estar vivendo o seu último dia, a maioria deve adiar e/ou evitar. Qual será a sensação? Você acordar para mais um dia de sua vida, e de repende, por mera ocasião do destino, não haverá mais amanhã; não pra você. Mas e os planos? E os sonhos? E o que você deixou aqui, que ainda vive? Tento pensar, e isso me causa arrepios e medo. É realmente injusto você ter que viver esperando pela sua morte. Ou melhor, viver tentando evitar a sua morte; é querer evitar o inevitável, tornar possível o impossível. E é tão difícil fazer com que a sua vida realmente valha a pena. É tão difícil fazer realmente tudo o que se quer. É realmente difícil conseguir fazer exatamente tudo hoje, e não deixar nada para amanhã. A morte não tem dia, não tem mês e não tem hora. Mas e o medo? A incerteza que ora ou outra golpeia você? Você vive e morre, o que acontece no meio é de sua autoria, temos que cumprir esse dever. Temos que fazer nossa vida, temos que escrever nossa história. Lembrando sempre que nós escrevemos com vírgulas, e a vida coloca o ponto final.