A Loucura do Poeta

Sempre senti um impulso interno, como se minha própria história quisesse se contar através das minhas palavras, lembrando-me um louco que insanamente profere seus devaneios sem receio, esperando aceitação. Sinto como se tivesse nascido com esse instinto emanador que me persegue. --------------

Qualquer ato ou fato me leva à inspiração, por mais invisível que seja, como a ressaca do mar inquieto, que cria suas ondas naturalmente, com a força do vento. Percebo-me como líquido transparente que deseja extravasar de suas limitações, inundando os arredores com sua própria essência. ----------------------------

Foi quando percebi que poderia me livrar desta bela prisão e ao mesmo tempo me manter voluntariamente dentro dela: reproduzindo em palavras meus próprios devaneios. Felizmente, sou eu louca e livre. Realizo constantemente meu próprio tratamento, porém jamais estarei curada, assim espero. ------------------------------------------

20 de dezembro de 2008

Ana Marlyny Monteiro Souza
Enviado por Ana Marlyny Monteiro Souza em 20/12/2008
Reeditado em 20/12/2008
Código do texto: T1344953
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