ESCRAVIDÃO E REBELDIA
Uma grande perda de tempo é a rebeldia sem causa, querer consertar o que está certo sem ter conhecimento para consertar nem mesmo o que está errado. Quando nos rebelamos contra nossos pais, criamos defesa contra quem não nos agride, ao passo que nos tornamos vulneráveis a quem pode nos agredir, como nossas atitudes inconseqüentes, por exemplo, que têm poder para nos levar à morte, e nossos amiguinhos, que, em regra, nos convidam para aventuras ilegais e perigosas, quando não subvertem nossa capacidade de decidir.
Na Bíblia diz: "Honra teu pai e tua mãe para que se prolonguem teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá".
Devemos ser rebeldes sim, mas contra o que pretende nos dominar para prejudicar, como as idéias preconcebidas da turma, que forçam nossas consciências no sentido de sermos iguais a eles para nos sentirmos alguém. O verdadeiro rebelde (o rebelde verdadeiramente bacana) não se deixa escravizar por nenhum pensamento preconcebido, tampouco por algo pronto, como a droga, por exemplo. O verdadeiro rebelde tem sua personalidade individual, a qual tem autonomia para ponderar entre o certo e o errado, entre o que é útil e o que é inútil, bem como entre o que é benéfico e o prejudicial. Todavia, somente se conhece bem esses conceitos através da experimentação ou dá experiência. Devemos experimentar muitas coisas, mas, em regra, os cientistas partem do que já está experimentado, então acrescentam conhecimento novo àquilo, aprimorando e criando. Não se expõe a experiências já experimentadas por outro, muito menos quando os resultado foram danosos.
Que tal então lançarmos mão das experiências negativas e positivas dos nossos pais e somarmos o conhecimento que produzirmos a ela? As negativas tomaremos como base para sabermos onde não errar e as positivas usaremos como alavancas. Assim nossa rebeldia terá causa e não seremos símios batendo com a cabeça na muralha.
Wilson Amaral