ESTE MEU CORAÇÃO!!!

Todo o meu ser se incomoda: quero a Verdade. Olhos e pés se unem à procura dos referenciais. Ouço conselhos. Aqui e ali, tocam-se instrumentos poderosos e nenhum parece tolo. Além, uma voz forte trombeteia: “de tua própria cisterna retira a água boa”. Noutro canto, um corcunda balbucia, me olhando de soslaio: “embriaga-te com os deleites da vida, sacia-te com carícias perversas”.

Sei que do Coração saem os sentidos da vida. Nele, há um Rio que, se não cuidado, acaba destruindo a própria morte. Em suas águas correm sabedoria, bom siso e amor.

Entre mim e Deus, há torrentes de necedades que me enganam, forjam impressões de bem-estar. São certos conselhos, são certos instrumentos, são vozes aveludadas cujo fim é a perdição. Por isso, não hesito em dizer: “O Senhor dá a sabedoria, da sua boca vem a inteligência e o conhecimento.” Qual, pois, o canal apropriado senão esta maravilha chamado Coração?